Dia Internacional das Mulheres

O dia oito de março é dia de comemorar as conquistas sociais, econômicas, culturais e políticas das mulheres. 

Mas é, principalmente, dia de incentivar as lutas que ainda se fazem necessárias para que a mancha da desigualdade de gênero e a violência contra as mulheres seja extinta da história da humanidade.

Assisti ao filme cujo título em português é “ Orgulho e Preconceito”, que mostra bem esta desigualdade de gênero que vem acompanhando a história da humanidade. 

Baseado no livro da escritora inglesa Janet Austen (1775- 1817). A autora faz uma severa crítica social da sociedade inglesa. 

Na história, uma família com cinco filhas não tinha direito à herança paterna. Mulheres não podiam nem mesmo ser herdeiras.

Estamos em 2022 e, ainda hoje, a violência doméstica ainda é encontrada em 40% dos lares; o feminicídio é o crime mais difícil de ter sua porcentagem diminuída; as mulheres ainda recebem salários menores que os dos homens. 

Para mudar esse quadro, só pelo caminho da educação. A Campanha da Fraternidade de 2022 reconhece a importância da educação para uma outra visão de mundo e escolheu o tema FRATERNIDADE E EDUCAÇÃO e o lema bíblico “Fala com sabedoria, ensina com amor”. 

Nosso modelo de mundo cultural precisa de renovação e nesta necessidade estão incluídas as igrejas cristãs. 

É preciso incluir as mulheres nas linhas decisórias das instituições e deixar, por mais difícil que seja, de assumir o masculino como único modelo de representação.

Segundo as palavras de Ivone Gebara em seu texto sobre Educação Popular Feminista, pode-se assegurar que:

 “Um mundo de valores mais inclusivos está sendo gestado, em meio às violências múltiplas que continuam nos assolando. E esse fermento novo, lentamente, vai trabalhando a massa humana que somos, para que o pão vital comum que nos caracteriza, seja amassado, se torne saboroso e nutritivo e possa se partilhado com todos e todas nós, das mais diferentes formas.”

Viva o dia 8 de Março, Dia Internacional das Mulheres.

Por Maria Enilda Teixeira Gonçalves, integrante do Comitê de Cidadania de Juiz de Fora