Política x Religião
Por que política e religião não devem se
misturar?
Uma das maiores
conquistas democráticas foi a separação entre a política e religião. Historicamente
esses assuntos estavam diretamente ligados um ao outro. A religião,
principalmente com a Igreja Católica, exercia enorme influência na vida
política do Brasil.
Este cenário mudou
e atualmente o Brasil, inserido em um regime político democrático, deve ser
laico e as opções religiosas não devem interferir nos direitos e deveres de
cada cidadão.
Todo e qualquer
indivíduo tem direito à liberdade de escolha religiosa e ,independente desta
escolha, todos devemos ser iguais diante das leis. A crença individual de cada um não pode e não deve servir como base
para decisões políticas.
Representatividade
religiosa na política
Movidos por
interesses partidários e ideológicos, muitos religiosos têm entrado na política
em decorrência da quantidade de seguidores que possuem e também pela grande
influência que algumas religiões exercem em determinados veículos de
comunicação.
Os representantes
políticos não devem ser escolhidos baseado na sua opção religiosa. Essa escolha
deve ser de acordo com a carreira e as propostas de cada candidato, visando
beneficiar o coletivo. E não é correto depositar o voto em quem irá excluir
determinada parte da sociedade ou tomar/influenciar decisões políticas baseadas
em crenças individuais.
É importante saber
separar política e religião para que todo cidadão sinta-se representado por
aqueles que são responsáveis pelo Poder Legislativo e Executivo de nosso país.
Como manter
a distância adequada entre esses dois assuntos?
É fundamental
entender que a religião é uma opção individual, ao contrário da política. É
também fundamental entender que enquanto as leis de um Estado atingem todos os
indivíduos inseridos na sociedade democrática, as leis religiosas dizem
respeito apenas aos que escolheram participar daquela instituição. Os
princípios religiosos não podem ser impostos
a toda a sociedade.
A educação pública,
por exemplo, não deve se envolver com ensinamentos religiosos, respeitando a
liberdade de escolha de cada um ou até mesmo a opção por não fazer parte de
nenhuma. Aqueles que querem ter uma educação religiosa devem tê-la em escolas
próprias, conforme seu credo.
Que a diversidade
tão característica do nosso país seja respeitada e que se preserve o direito de
escolha de todos. Somos diversos nas nossas opções de vida, sejam elas
políticas, sexuais ou étnicas, mas devemos ser iguais nos nossos direitos como
cidadãos.
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