O décimo quarto e décimo quinto salários, pagos aos parlamentares, estão com os dias contados.


            O projeto apresentado pela senadora Gleisi Hoffmann, atual Ministra-chefe da Casa Civil, foi aprovado pelo Senado no dia 9 de Fevereiro e está sendo avaliado na Câmara dos Deputados. Ele prevê a extinção dos pagamentos que são feitos duas vezes por ano, passando a ser feitos apenas no início e no fim de cada mandato.
            Instituídos pela Constituição de 1946 os salários foram criados para cobrir os custos com deslocamento para a capital, então Rio de Janeiro. Na época os custos de deslocamento eram muito altos e verificou-se a necessidade de oferecer esse subsídio aos deputados e senadores para que pudessem comparecer as reuniões das câmaras. No entanto, no contexto atual, globalizado e com tamanha evolução tecnológica, os custos de deslocamento se tornaram baixos e a comunicação facilitada. Portanto, não mais necessárias seriam as verbas, sendo indevidas e lesivas ao patrimônio público.
            A extinção da "Verba-paletó", como são apelidados o 14º e 15º salários, gerou polêmica entre senadores, deputados e vereadores. Segundo alguns deles tal renda é necessária para a compra de ternos; gravatas,;sapatos, fundamentais na vida pública. Mas ao que tudo indica ela não irá mais parar no bolso dos políticos. Para os cofres públicos a medida resultaria em economia anual de 45,7 milhões de reais.

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